Pela primeira vez um texto que não é de minha autoria. Pode ser um segredo de alguém que não confia em todas as pessoas. Um segredo que ao ser revelado, liberta um coração atribulado.
Que essa revelação sirva pra aliviar o coração atribulado daquele que escreve, e daquele que lê.
V. Alves
O Eu, Meus Eus
Me deparo com um espelho, Oque há nele? Um rosto. Seria o meu? Oque esse rosto transparece? Continuei a me perguntar por um bom tempo, tanto tempo que eu nem sei quanto foi.
Esse rosto, sua feições, expressões, tudo. Fico perplexo, pois é um espelho, mas não mostra quem sou. Ou mostra?
Vejo um menino com cara de criança, mas suas feições mostram algo diferente. Um menino amargo, sádico e talvez um pouco masoquista. Profundo em seus sentimentos, mas maduro de mais para perder tempo com coisas superficiais.
Talvez um menino sombrio, não, não devo chama-lo de menino, mas sim de adulto, jovem ou até mesmo senhor. Parece exagerado, mas quando olho no fundo dos olhos desse garoto me lembro que sou eu, mas algo acontece.
Eu olho dentro dos olhos e logo saio da frente do espelho, me deito, fecho os olhos e mergulho dentro do meu eu, como se fosse hipnótico, e assim lembro quem sou. Menino não, menininho, tão pequeno, frágil em seus sentimentos. Vaga em mim um menininho doce e amável, talvez até mesmo impotente nas mãos de quem o sabe dominar.
E continuo me perguntando por anos e anos: Como podem os dois juntos estar?
~Joe
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